Violência a cristãos no Egito

A capa do GLOBO de hoje é o retrato de um equívoco: “confronto religioso” no Egito. Confronto de que cara pálida? A verdade é pau nos cristãos, que são apenas 10% da população de 80 milhões, cujo restante é de muçulmanos. Os muçulmanos estão sentando a porrada nos cristãos até a morte, sobretudo agora na “democracia” que lá quer se instalar (será?).

Liberdade religiosa no Egito é falácia. E a verdade dos fatos para o GLOBO é jogo de “confrontos”. Ridículo! Não há confronto onde o desequilíbrio de forças é abissal. Como bem noticia Reinaldo Azevedo, colunista na Veja, os cristãos estão sendo implacavelmente perseguidos pelas mais variadas correntes muçulmanas. Destroem-se Igrejas e casas de cristãos, e a imprensa local trata os casos como fatos isolados (mentira!), e o GLOBO chama isto de “confronto”. É uma infelicidade geral, tanto aqui como acolá.

Reinaldo Azevedo alerta que “o estopim do conflito de sábado foi o boato de que uma ex-cristã, convertida ao Islã, teria sido mantida prisioneira numa Igreja. Era, obviamente, uma mentira. Não importa! Tudo serve de pretexto. O tal Esam El-Eriam (porta-voz da Irmandade Muçulmana) acredita que os cristãos não têm nem mesmo o direito de reclamar (...) Anotem aí: há apenas duas religiões perseguidas hoje no mundo: a Fé Bahá’i, no Irã, e o cristianismo, que enfrenta a fúria de correntes muçulmanas em vários países da África e Ásia. A quase totalidade dos mortos em decorrência da intolerância religiosa no mundo, é cristã”.

Esta é realidade e não aquela retratada na matéria do GLOBO de hoje. Não há confronto entre muçulmanos (maioria) e cristãos (minoria) no mundo árabe, há é massacre da minoria de cristãos lá no Egito e pelo mundo afora. O GLOBO prefere falar em “confronto”, fazer o que é a mesma imprensa que aplaudiu de pé a mudança do nome do pinto pelo ilustre ministro Ayres Britto do Supremo Tribunal Federal.