O palhaço


Ontem foi feriado de Finados, celebração da vida eterna. Uns foram ao cemitério. Outros foram ao shopping. Uns, nem em um nem em outro. Alguns foram ao cemitério e ao shopping. Nós fomos ao shopping. Estar há 55 km do shopping Independência em Juiz de Fora é um privilégio para os trirrienses.

Quando o shopping nasceu há não muito tempo eu pensava que não ia dar certo, muito grande – dizia com os meus botões. Logística nunca foi o meu forte. O shopping é um sucesso de público. Para você ter uma idéia – falo da minha praia – a livraria Saraiva está no shopping desde a inauguração, porém, começou não grandiosa, quantidade razoável de livros, DVD, cd, blu-ray, artigos de informática etc. Já cheguei a procurar alguns livros, até mesmo lançamentos, e não os encontrava na livraria.

Hoje não, juntamente com o crescimento do shopping houve também o crescimento da Saraiva. A livraria está bombando. Procurei ontem um livro recente do ministro do STF, Carlos Ayres Britto, que trata do “O humanismo como categoria constitucional” da editora Fórum, e lá estava ele, em mãos. Adorei. Aliás, a livraria está cada dia mais servida de livros,um show. Tem de tudo, é um prazer, só falta um cafezinho... o ser humano e sua insaciável inquietude.

Ah, o filme, sim, o filme. Fomos assistir ao filme “O palhaço” de Selton Mello, eu, Nasta e Sarah. Filmaço. O filme se resume em uma única palavra: sutileza. Nos faz rir e nos faz chorar, entretanto, tudo com muita sutileza.

Sutilezas das imagens cenográficas, sutileza na filmagem da natureza, sutileza nas músicas selecionadas, sutileza nas deliciosas piadas circenses e nas escolhas dos atores e o que é melhor, sutileza nos diálogos e nos silêncios, cada silêncio, cada olhar, é uma estocada em nosso coração. O filme fala de vida, de talento, de vocação, de chamado e de amor, o amor que move tudo nesta vida. O nome do filme não dá a dimensão total do filme, o nome é tão somente uma porta de entrada para o universo da sutileza.

Você gosta de sutileza? Então vá ao cinema ver “O palhaço” de Selton Mello, dá uma sensação de eternidade na gente.

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