Um talento trirriense
Conheci primeiro o tenista. Chegava ao SESI pela manhã para bater minha bolinha na quadra de tênis, e lá estava aquele sujeito franzino, estatura mediana como eu (será que somos de estatura mediana?) e com um forehand (ele é canhoto) de espantosa força e colocação. Pensava comigo, como é que ele consegue bater com tanta força na bolinha com aqueles braços finos. − Tudo é jeito, me explicava Leonardo com paciência e o humor de sempre. Jeito é o que não falta ao Léo, foi o que aprendi com o tempo. Depois também entendi de onde vinha às habilidades técnicas no tênis, fora aluno talhado a ferro e fogo (mais fogo) nas mãos do carrasco Denys Coelho.
Em quadra Leonardo, ou o Léo da LD Móveis é também um talento para prática do tênis. Mas, não é disto que quero falar. Quero falar do profissional Leonardo Gonçalves que fui conhecer bem depois. As amizades que começam no lazer e transbordam para outras searas afetivas são sempre as mais completas.
Pois muito bem. Com o passar do tempo descobri que o Léo também era o proprietário da LD Móveis, e vim de acompanhar o seu trabalho infatigável em sua empresa. Também acompanhei desde o germinar, a vinda ao mundo de sua Lorena, a maior conquista de sua vida, presente da amada Isabelle.
Lorena iluminou a vida do Léo e de seus negócios também. A LD hoje é uma grife não no sentido de que pratique um preço inalcançável, pelo contrário, Léo gosta de dizer que tem preço para todos. É verdade, tem mesmo. Até eu sou cliente da LD, logo qualquer um pode ser.
É um orgulho para todo trirriense saber que existe na cidade uma marcenaria com a qualidade da LD. Dentre seus clientes é corriqueira a presença de personalidades brasileiras como Ronaldo Fenômeno, Rodrigo Santoro e Carlos Alberto Parreira (na foto com Léo e parte da equipe da LD, em especial, seu fiel escudeiro, Robinho).
A marcenaria trabalha irmanada num clima de muita familiaridade, e gera importante postos de emprego para nossa região, tamanha fraternidade repercute no produto final. Tudo isso podia subir à cabeça do Léo, porém, forte em Eclesiastes, nosso amigo sabe muito bem que “tudo é vaidade”, daí que nada disso toca na naturalidade e simplicidade do nosso Léo, certamente porque é forte nele e no belo casal a marca da fé cristã, traço, aliás, decisivo de seu caráter.
Antes, de conhecer a LD eu achava que o tenista era melhor que o marceneiro, hoje, com o passar do tempo e do fortalecimento de nossa amizade, penso que por trás deste sujeito franzino tem algo muito maior do que facetas individualizadas de seu caráter: tem um ser humano completo, com todas suas alegrias e dores possíveis, e é nesta condição verdadeira, e sem frescuras e deslumbres por um sucesso passageiro e episódico que o vejo como um talento trirriense.
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