Confesso – sem trocadilho – que não engulo esta história de padre não usar a tradicional “camisa clerical”, aquela mesmo, com a gola branca. É com tristeza que vejo a maioria dos padres atuais se vestindo com trajes muito mais para leigos do que para padres. Na rua hoje em dia você não identifica um padre, e não identifica porque eles não usam mais a “camisa clerical”. É um desamparo total, saímos às ruas cheias e não encontramos nossos padres, eis aí um sintoma da religião enclausurada nas igrejas, no âmbito privado como gostam os marxistas de plantão.
Esta idéia pós-moderna – e a meu ver destrutiva da Igreja – de que o padre na rua é uma pessoa como outra qualquer, e por isso não deve usar a “camisa clerical” é um despropósito. Chega dar pena na gente ver um padre perambulando pela rua assim como nós leigos, sem a sua tradicional “camisa clerical”, parecem uns perdidos no mundo, foram chamados por Deus e “negam” a Deus.
Padre é padre. Leigo é leigo. O povo se alegra ao ver o “seu” padre na rua de “camisa clerical”, se sente feliz, acolhido e respeitado. Certa feita ouvi um padre comentar – digo, padre que usa “camisa clerical” e quando não, “batina” – a quantidade de atendimentos que já fez rua afora, atendendo o povo que ao reconhecê-lo, pedia auxilio. – “Até mesmo confissão na rua já atendi, dizia o padre”. Que alegria digo eu, um padre de verdade!
Hoje em dia parece que os padres querem “se esconder” do povo no anonimato das vestes seculares, será que já não se têm orgulho em vestir a “camisa clerical” diante do seu povo nas ruas? E a “batina” então, onde estará nossa amada batina? Quando conheci o OPUS DEI o que mais me apaixonou – além da magnífica catequese - foi ver o respeito dos padres para conosco, eles sempre estão de “batina” ou “camisa clerical”. Tenho o maior orgulho em mostrar as minhas filhas: - “Filha, ali um padre!”. Só que eu não encontro mais eles nas ruas...
Pergunto a vocês que acompanham a Canção Nova, você já viu alguma vez o Padre Paulo Ricardo sem batina? Eu não. É por aí, a grandeza do presbitério é potencializada com o uso das vestes litúrgicas próprias.
Padre pode caminhar, pode. Sem “camisa clerical”? Claro. Padre pode praticar esporte? Deve, sem “camisa clerical”? Evidente. Afinal, o padre também deve cuidar de sua saúde. Agora, o que ele não deve é transitar no meio do povo sem a “camisa clerical”, isto é muito triste para nós leigos que tanto amamos nossa Igreja. A meu ver é a descaracterização do presbitério. É comovedor ver um padre chegando correndo para celebrar a missa, ou atender confissões, de calça jeans, camisa polo etc, apenas colocando a alva por cima da roupa secular.
Finalizo dizendo que não sei se o uso da “camisa clerical” ou da “batina” são obrigatórios no seio da Igreja Católica, no entanto digo a vocês, se eu pudesse votar eu votaria a favor de ambos, tenho a convicção firme de que nossos padres ficariam “bem melhor na fita” como diz a juventude atual.
Comentários
Paz e bem!
forte abraço.