Bolsonaro também acerta

Passamos a semana toda saboreando as repercussões das palavras do deputado Jair Bolsonaro (RJ) no programa CQC da Bandeirantes. Evidente que seus dizeres foram polêmicos, mas quero aqui falar não das palavras dele em si, mas das entrelinhas de sua fala.

No Brasil há nitidamente uma apologia desmedida à “cultura gay”, seja em revistas, em sites, novelas, propaganda, tudo gira em torno de uma apologia à “cultura gay”. Ser gay virou um orgulho, e ser um defensor do movimento LGBT rende votos e muitos votos. Contradizer isto virou “crime”.

O que o deputado faz é defender o tradicional, ou o conservador como muitos gostam de dizer. Sem a conservação das tradições já estaríamos mortos de há muito. Afinal se tudo é do contra, se família não é mais família, se casal não é mais um homem em união matrimonial com uma mulher, se namorado não tem mais namorada, mas sim, namorado, é preciso que pelo menos alguém tenha a liberdade de dizer que isto pode não ser o melhor para sociedade. Só isso, a sociedade tem direito de ouvir o outro lado da moeda. Pelo menos ouvir, gente.

A Constituição Federal garante a liberdade de expressão e de crença no art. 5º, incisos IV e VI, e isto vale tanto para Preta Gil quanto para o deputado Bolsonaro, tenhamos, portanto a prudência ao se tentar calar só o Bolsonaro.

Lado outro, o Ministério da Educação (MEC) toma parte neste debate, e adota literalmente a “cultura gay” ao lançar o “kit-gay”, ou seja, o “kit gay” conterá um DVD com uma história aonde um menino vai ao banheiro e quando entra um colega, ele se diz apaixonado pelo mesmo e assume sua homossexualidade, se dizendo Bianca.  Enfim, o próprio Estado brasileiro perdeu as medidas exatas de seu atuar, é preciso que alguém grite contra estes exageros, e neste sentido e neste exato particular, Bolsonaro é muito mais útil à sociedade do que o MEC e Preta Gil, juntos.

Precisamos aprender a lidar melhor com o dissenso democrático, no geral temos muita dificuldade em aceitar o dissenso, neste caso quando a maioria está favor da “cultura gay” é preciso que haja o dissenso para colocar equilíbrio nos debates. É neste sentido que devem ser lidas estas palavras do corajoso deputado Jair Bolsonaro: - “Se te convidarem para sair no desfile gay, você iria?” – “Eu não iria porque eu não participo de promover os maus costumes até porque acredito em Deus, tenho uma família e a família tem que ser preservada a qualquer custo, senão uma nação simplesmente ruirá”.

Eh, Bolsonaro também acerta!

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