Obama no Rio
Sou de uma geração que satanizava os EUA. Quando adolescente cresci em meio ao retorno de Leonel Brizola do exílio e a fundação do PDT (Partido Democrático Trabalhista). Brizola foi meu grande ídolo político da adolescência. Seu mote principal era: horror aos EUA e as organizações GLOBO.
Assim vivíamos nós também, porrada no GLOBO e porrada nos EUA. Na faculdade (UCP) também vivi um clima anti-americano, votei e fiz campanha para Brizola na primeira eleição para presidente e depois para Lula no segundo turno contra o Collor. Tudo que queria era ver a esquerda no poder. Lembro-me até hoje de nossas caminhadas com a estrelinha do PT no peito pela Rua do Imperador em Petrópolis, sonhando com a eleição de Lula em 1992.
Passados os anos mudei totalmente. Aprendi após muitas leituras e vivência que a esquerda também não é santa. Que a ditadura também teve suas razões, e muitas delas louváveis, que o brizolismo em grande parte foi nefasto à sociedade e que o PT é uma grande farsa. E mais, que os comunistas sempre odiaram a religião, isto então, me machucou muito.
Onde a esquerda está, geralmente, entra a doença do marxismo e a rejeição ao transcendental. Sai o Jesus do Evangelho e entra o Jesus revolucionário, à lá Che Guevara. Não gosto de nada disso. Da lembrança dos meus tempos de esquerda radical só restou a paixão pelo vermelho, até hoje sou apaixonado pela cor vermelha. Mas, por dentro sou azul... risos... não tenho mais qualquer simpatia pelo PT ou PDT, e costumeiramente não concordo com quase nada que a esquerda faz no poder.
Todo o governo Lula – os oitos anos – foi de uma relação dúbia com os EUA, amando e odiando, coisa pequena do governo brasileiro. Hoje sou um admirador da democracia norte-americana, e mais ainda, tenho orgulho pela formação cristã do povo americano, sem o cristianismo evidentemente os EUA não seria a maior nação do planeta terra.
Sábado, o presidente Obama com seu poderoso Air Force One estará pousando em território brasileiro, espero sinceramente que a presidente Dilma faça dessa viagem um novo marco nas relações diplomáticas Brasil x EUA, afinal, somos dois países democráticos, chega desta mesquinhez e rusgas com os EUA, será que é melhor ser amigo do Hugo Chavez ou do Obama? Lula preferia o Chavez. Alto lá né, já é hora do Brasil ter uma relação mais madura com os EUA, mais coerente, e mais amiga. Venha presidente - desta grande nação –cristã Obama, o Brasil e o Cristo Redentor te recebem de braços abertos!
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