Papa em Chipre -- a cidade de Nicósia.




Nicósia, centro da cidade. A dois passos da Porta de Pafos, uma das entradas dos antigos muros venezianos, se encontra a igreja católica da Santa Cruz, a única de rito latino da capital cipriota. Administrada pelos frades franciscanos, acolhe várias comunidades católicas, diferentes por proveniência, língua e cultura: numerosos principalmente os filipinos, os indianos, os cingaleses, mas há também muitos europeus. No total, cerca de 50 nacionalidades diferentes. Também aqui os fiéis locais são pouquíssimos. As missas dominicais estão sempre cheias -- calculam-se pelo menos 1500 fiéis. Na Santa Cruz, há vários grupos de oração e movimentos eclesiais (como El Shaddai, um movimento carismático das Filipinas) que animam a vida da paróquia.

Todos que aguardam o Papa também aqui em Nicósia... católicos imigrantes e católicos locais.

O Papa celebrará aqui no sábado, 5 de junho, às 17h30, a Santa Missa com sacerdotes, religiosos, diáconos, catequistas e expoentes de movimentos eclesiais em Chipre. Mas esta será também a residência do Santo Padre nos três dias de permanência em Chipre. Aqui, no convento franciscano junto à Igreja da Santa Cruz, sede também da Nunciatura Apostólica.

Um lugar muito especial. A linha que divide em dois a cidade de Nicósia passa de fato justamente aqui. Os edifícios franciscanos estão situados na zona administrada pelas Nações Unidas e criada em 1974 sobre a linha do cessar-fogo entre as forças de invasão turcas e a parte greco-cipriota.

Fr. Umberto Barato, OFM: "Eu espero que continue a imigração, não somente porque precisamos de fiéis na Igreja, mas também há uma influência dessas pessoas sobre a sociedade cipriota, uma influência boa, elementos positivos a acrescentar na tradição cipriota..."

"Eu sou de Chipre, sou de Nicósia. Para nós, como cipriotas católicos, é um grandíssimo evento, sentimos que não estamos perdidos... Cinco, seis mil pessoas em uma ilha... Como cipriota porém eu sinto também um apoio do ponto de vista político. Creio que será um 'movimento' para essas discussões que estão à tona, agora, para se libertar dos turcos em Chipre..."

Fr. Martin Zavaleta, OFM: "Toda esta parte foi abandonada por muitos anos. Poucos anos atrás, começaram a viver nesta região, mas não podem passar daqui, as ruas estão bloqueadas... Alguns anos atrás, alguns cristãos da parte turca, os cristãos turcos, passavam, vinham e participavam da eucaristia. Ninguém mais participou das nossas celebrações".

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