Contrato de parceria de paternidade

João é um sujeito realizado, sempre estudou muito e trabalhou mais ainda, resultado: sucesso financeiro. A gente sabe que não é sempre assim, a vida não é justa, no entanto, repito, no entanto, no caso do João a lógica prevaleceu 2 + 2 = 4. Mas, porém, contudo, todavia, João não tinha filhos, não se casou e não fez filhos. Seu sonho era ter um filho, fato que aos 35 anos consumia cada momento de seu dia.

Letícia sua secretária de longa data, contava 50 anos, tinha filhos e um casamento muito bem sucedido, leia-se, com erros e acertos. Letícia acompanhava de perto as angústias de João por não ter sido pai, ainda. Em conversas amigáveis, surgiu a ideia de que Letícia pudesse ser inseminada artificialmente com o esperma do João, com isso não seria necessário um vínculo amoroso entre os dois. O marido de Letícia, homem da paz, aceitou na boa a situação proposta de que sua esposa fosse inseminada artificialmente pelo esperma de João, afinal, a hipótese de uma gravidez de outro modo seria constrangedora.


João e Letícia procuraram um advogado de família e firmaram um contrato de “Parceria de Paternidade”. Bruno nasceu e já tem 7 anos de idade, é uma criança linda e amorosa e João um homem realizado. Letícia? está amando!

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