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Mostrando postagens de dezembro, 2012

MADURO IMADURO

"Maduro era tido e havido como um homem de fé. Na linguagem coloquial, um cristão praticante: rezava todos os dias, lia a Bíblia e fazia também meditação a partir de leituras espirituais. No entanto, o que Maduro não sabia era que sua fé não era tão madura assim, e diante do sofrimento que se instalou ao seu redor, duvidou, destruidamente duvidou, de tudo, inclusive de sua própria fé..." "Confissão" - Zózimo

Ouse ignorar

"Com Kant, a razão humana proclamava sua independência do mundo externo, mudando radicalmente o sentido da "verdade". Antes, a verdade consistia na coincidência do pensado com a ordem dos fatos conhecidos. Agora, passava a ser a obediência a uma filtragem racional predeterminada, a um método livremente concebido pela razão por meio da análise kantiana de si mesma. Mas, se tudo o que nos é acessível vem do nosso aparato de percepção, e se as percepções por sua vez têm de ser enquadradas nas categorias do pensamento racional, o resultado é que nossa razão é soberana em face de todo objeto de conhecimento possível: ela não tem de prestar satisfações a nenhuma "realidade" externa, mas, ao contrário, ela determina as condições que essa realidade tem de cumprir para ser admitida no mundo do conhecimento. A sentença "Se os fatos não confirmam a minha teoria, pior para os fatos" é de Hegel, mas ela expressa antes a quintessência do iluminismo kantian...

"A Adúltera de Deus"

"A adúltera, infiel ao seu marido, destruidora da fé no casamento e no amor que organiza a vida e a sociedade, o tipo mais vil de mulher, é aquela que mais fundo toca Deus em sua paixão pela agonia humana. No cristianismo, Deus leva a agonia humana tão a sério que resolveu Ele mesmo passar por ela, na figura da Paixão de Cristo. Um musical a estrear, baseado na obra de Victor Hugo (século 19), "Os Miseráveis", com Hugh Jackman no papel de Jean Valjean, fugitivo da cadeia, e Russell Crowe no papel de seu perseguidor implacável Jabert, traz uma das maiores cenas da teologia cristã já representada na arte. Jean Valjean, após ter roubado os castiçais da casa de um padre, e ser pego pela polícia, é perdoado pelo padre que confirma para a polícia a mentira contada por Valjean: "Sim, eu dei os castiçais para ele". Este ato transforma Valjean. O encontro entre a misericórdia e o pecador é uma das maiores afirmações do sentido da vida." - Luiz Felipe Pond...